Mirtes
Há um sonho a realizar
Há um tormento a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.

Há uma noite insensata
Há um luar de prata
Maldade de quem mata,
Há quem morra por amar...

Há a tua voz sem coragem
Há o amor em vantagem,
A subtileza da fluidez humana
A água que cai e te chama.

Há os espelhos da nossa Casa
Há os espelhos do Salão,
Igualmente plácidos
Divinamente exactos.

Há a dor daquele que não sai
E do outro que não tem casa
E prolonga na vida,
Um sonho mudo e fortuito.

Oh, quanto me pesa,
Minha memória passada
Minha memória presente
Minha memória ausente.

Há um sonho a realizar
Há uma insensatez a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.

Há um verso a caminhar
No Universo,
A tentar um ramo aberto
Para adormecer
Na linha recta,
O Olhar na linha curva.

Há um sonho a realizar
E és tu, meu amor!

Maria Luísa Adães
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1 Response
  1. lindo o meu poema! A sério! Sou a Maria Luísa
    Adães.

    Tenho estado fora. Obrigada pela escolha.

    Beijos,

    Mª. Luísa


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